Psicanálise e feminismo: algumas reflexões sobre a mulher enquanto Outro
Contenido principal del artículo
Resumen
Este artigo promove um debate sobre alteridade e gênero na psicanálise com base em teorias feministas. O feminismo traz questões fundamentais í psicanálise, exigindo a revisão de alguns de seus pilares – sustentáculos de sua práxis -, e a ampliação da leitura psicanalítica. Se por um lado, a psicanálise segue contestadora e atuante, por outro lado, uma prática psicanalítica sem reflexividade crítica, pode desconsiderar o contexto social e o efeito discursivo da posição ocupada pelo sujeito. Assim, a partir de leituras feministas, interrogar-se-á a práxis (a um só tempo teórica e clínica) psicanalítica, colocando luz nos problemas que se revelam nos tratos com questões de gênero, a saber: o lugar da Mulher (não-toda/Outro sexo) e do Homem (Todo fálico) e o heteropatriarcado conjugado a este.
Descargas
Detalles del artículo
La cesión de derechos no exclusivos implica también la autorización por parte de los autores para que el trabajo sea alojado en los repositorios institucionales UNLP (Sedici y Memoria Académica) y difundido a través de las bases de datos que los editores consideren apropiadas para su indización, con miras a incrementar la visibilidad de la revista y sus autores.
Citas
Ahmed, S. (2000). Strange Encounters: Embodied Others in Post-Coloniality. Londres: Routledge.
Ayouch, T. (2015). Psicanálise e homossexualidades: teoria, clínica, biopolítica. Curitiba: Editora CRV.
Beauvoir, S. (2016 [1949]). O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
Benhabib, S. e Cornell, D. (orgs). (1987) Feminismo como crítica da modernidade. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.
Butler, J. (2008). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Butler, J. (2019). Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: n -1 edições.
Castoriadis, C. (1991). Philosophy, Politics, Autonomy - Essays in Political Philosophy. Oxford: Odeon, Oxford University Press.
Davis, A. (2018). A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boi Tempo.
Fanon, F. (2008). Pele Negra Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA.
Federici, S. (1975). Wages against Housework. Bristol: Falling Wall Press Ltd.
Federici, S. (2013). Gender and Democracy in the Neoliberal Agenda: Feminist Politics, Past and Present. Conferência apresentada em 6th Subversive Festival: The Utopia of Democracy. Cinema Europa, Zagreb. Recuperado de http://www.youtube.com/watch?v=enpTFJsswWM.
Foucault, M. (1977). História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro, Edições Graal.
Freud, S. (1996 [1933]). Conferências Introdutórias XXXIII. Rio de Janeiro: Imago.
Frosh, S. (1995). Time, Space and Otherness. Em Pile, S. e Thrift, N. (ed.). Mapping the Subject - Geographies of Cultural Transformation (pp. 291-308). Londres: Routledge.
Gross, O. (1914/ 2017). Sobre a simbologia de destruição. Em M. Checchia; P.C. Souza Jr; R. Lima Alves (ed.). Por uma psicanálise revolucionária (pp. 110-127). São Paulo: Editora Annablume.
Haraway, D. (2009). Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41.
Harding, S. (1996). Rethinking Standpoint Epistemology: What is ‘Strong Objectivity’?. Em E. F. Keller and H. Longino (Eds.). Feminism and Science - Oxford Readings in Feminism (pp. 235-248). Oxford: Oxford Press.
Lacan, J. (1985 [1972-73]). O Seminário Livro 20: Mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2007 [1971]). O Seminário Livro 18: De um discurso que não fosse do semblante. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Mountian, I. (2017). Borders and margins: debates on intersectionality for critical research. Qualitative Research Journal, 17(3), 155-163.
Mountian, I. (2017a). Reflexões sobre metodologias críticas em pesquisa: interseccionalidade, reflexividade e situacionalidade. Revista Psicologia Política, 17(40), 454-469.
Mountian, I. (2019). Relações fetichizadas: a produção do Outro nas relações coloniais. Teoría y Crítica de la Psicología, 13(1), 205-220.
Nogueira, C. (2001). Construcionismo social, discurso e gênero. Psicologia, 15(1), 43-65.
Oakley, A. (1981). Interviewing Women: A Contradiction in Terms. Em Roberts, H. (Ed.) Doing feminist research (pp. 30-61). Londres: Routledge.
Parker, I. (2011). Lacanian Psychoanalysis: Revolutions in subjectivity. Londres: Routledge.
Saavedra, L. e Nogueira, C. (2006). Memórias sobre o feminismo na psicologia: para a construção de memórias futuras. Memorandum, 11, 113-127.
Seshadri-Crooks, K. (2000). Desiring Whiteness: A Lacanian analysis of race. Londres: Routledge.
Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG.
Stacey, J. (1993). Untangling Feminist Theory. Em Richardson, D. and Robinson, V. (Eds.). Introducing Women’s Studies (pp. 49-73). Londres: Macmillan