Psicanálise e feminismo: algumas reflexões sobre a mulher enquanto Outro

Contenido principal del artículo

Ilana Mountian
Ana Paula Lacorte Gianesi

Resumen

Este artigo promove um debate sobre alteridade e gênero na psicanálise com base em teorias feministas. O feminismo traz questões fundamentais í  psicanálise, exigindo a revisão de alguns de seus pilares – sustentáculos de sua práxis -, e a ampliação da leitura psicanalí­tica. Se por um lado, a psicanálise segue contestadora e atuante, por outro lado, uma prática psicanalí­tica sem reflexividade crí­tica, pode desconsiderar o contexto social e o efeito discursivo da posição ocupada pelo sujeito. Assim, a partir de leituras feministas, interrogar-se-á a práxis (a um só tempo teórica e clí­nica) psicanalí­tica, colocando luz nos problemas que se revelam nos tratos com questões de gênero, a saber: o lugar da Mulher (não-toda/Outro sexo) e do Homem (Todo fálico) e o heteropatriarcado conjugado a este.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Mountian, I., & Gianesi, A. P. L. (2020). Psicanálise e feminismo: algumas reflexões sobre a mulher enquanto Outro. Descentrada, 4(2), e124. https://doi.org/10.24215/25457284e124
Sección
Comunicaciones

Citas

Ahmed, S. (2000). Strange Encounters: Embodied Others in Post-Coloniality. Londres: Routledge.

Ayouch, T. (2015). Psicanálise e homossexualidades: teoria, clí­nica, biopolí­tica. Curitiba: Editora CRV.

Beauvoir, S. (2016 [1949]). O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

Benhabib, S. e Cornell, D. (orgs). (1987) Feminismo como crí­tica da modernidade. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.

Butler, J. (2008). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Butler, J. (2019). Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: n -1 edições.

Castoriadis, C. (1991). Philosophy, Politics, Autonomy - Essays in Political Philosophy. Oxford: Odeon, Oxford University Press.

Davis, A. (2018). A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boi Tempo.

Fanon, F. (2008). Pele Negra Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA.

Federici, S. (1975). Wages against Housework. Bristol: Falling Wall Press Ltd.

Federici, S. (2013). Gender and Democracy in the Neoliberal Agenda: Feminist Politics, Past and Present. Conferência apresentada em 6th Subversive Festival: The Utopia of Democracy. Cinema Europa, Zagreb. Recuperado de http://www.youtube.com/watch?v=enpTFJsswWM.

Foucault, M. (1977). História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro, Edições Graal.

Freud, S. (1996 [1933]). Conferências Introdutórias XXXIII. Rio de Janeiro: Imago.

Frosh, S. (1995). Time, Space and Otherness. Em Pile, S. e Thrift, N. (ed.). Mapping the Subject - Geographies of Cultural Transformation (pp. 291-308). Londres: Routledge.

Gross, O. (1914/ 2017). Sobre a simbologia de destruição. Em M. Checchia; P.C. Souza Jr; R. Lima Alves (ed.). Por uma psicanálise revolucionária (pp. 110-127). São Paulo: Editora Annablume.

Haraway, D. (2009). Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41.

Harding, S. (1996). Rethinking Standpoint Epistemology: What is ‘Strong Objectivity’?. Em E. F. Keller and H. Longino (Eds.). Feminism and Science - Oxford Readings in Feminism (pp. 235-248). Oxford: Oxford Press.

Lacan, J. (1985 [1972-73]). O Seminário Livro 20: Mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Lacan, J. (2007 [1971]). O Seminário Livro 18: De um discurso que não fosse do semblante. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Mountian, I. (2017). Borders and margins: debates on intersectionality for critical research. Qualitative Research Journal, 17(3), 155-163.

Mountian, I. (2017a). Reflexões sobre metodologias crí­ticas em pesquisa: interseccionalidade, reflexividade e situacionalidade. Revista Psicologia Polí­tica, 17(40), 454-469.

Mountian, I. (2019). Relações fetichizadas: a produção do Outro nas relações coloniais. Teorí­a y Crí­tica de la Psicologí­a, 13(1), 205-220.

Nogueira, C. (2001). Construcionismo social, discurso e gênero. Psicologia, 15(1), 43-65.

Oakley, A. (1981). Interviewing Women: A Contradiction in Terms. Em Roberts, H. (Ed.) Doing feminist research (pp. 30-61). Londres: Routledge.

Parker, I. (2011). Lacanian Psychoanalysis: Revolutions in subjectivity. Londres: Routledge.

Saavedra, L. e Nogueira, C. (2006). Memórias sobre o feminismo na psicologia: para a construção de memórias futuras. Memorandum, 11, 113-127.

Seshadri-Crooks, K. (2000). Desiring Whiteness: A Lacanian analysis of race. Londres: Routledge.

Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG.

Stacey, J. (1993). Untangling Feminist Theory. Em Richardson, D. and Robinson, V. (Eds.). Introducing Women’s Studies (pp. 49-73). Londres: Macmillan